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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Mais novidades da minha nova vida

Olá meninas,

já há bastante tempo que não vinha aqui ao blog, por preguiça, por desmotivação ou simplesmente por cansaço devido ao excesso de trabalho.

Ora bem, desde a última vez que escrevi no blog estava sozinha, sem marido nem filho aqui nesta terra fria. Mas no dia 31 de Março (domingo de Páscoa) regressei a Portugal para ir buscar o marido - chegámos os 2 dia 8 de Abril.

O meu pequenino ficou com os meus pais, mudámo-lo de creche a meio do ano lectivo e foi a melhor decisão que tomámos. O pequenino está numa creche mesmo em frente à casa dos meus pais, com uma equipa super dedicada, gente de eu conheço pessoal e profissionalmente, com uma nova equipa de intervenção Precoce (que trabalha duma forma totalmente diferente - bem melhor - muito mais interventiva na rotina do M.) e ele anda feliz. Se calhar bem mais feliz que os pais (eu e o P. andamos desgastados por o termos deixado lá).

O P. já começou a trabalhar - está também no mesmo restaurante que eu, mas na parte da cozinha. Aos 35 anos tem de aprender uma nova profissão e ainda por cima tem de se adaptar a uma série de gente nova (nova em idade e mentalidade) e adaptar-se a um país com uma língua totalmente diferente, sendo que o inglês dele é muito básico :( não está a ser nada fácil porque a formação deixa muito a desejar.

Se é isto que eu desejo para a minha vida? NÃO

Se esta é a situação ideal? NÃO

Se neste momento ainda me apetece ir viver para Portugal? SIM

Mas, a minha conta bancária já não se encontrava em situação tão positiva há uns bons 10 anos. Consigo pagar tudo e ainda ter saldo positivo na conta. Nunca demorei tão pouco tempo a ir para o trabalho e a regressar a casa (20min.). E por incrível que pareça ando de bicicleta em vez de autocarro - vamos às compras de bicla vou para o trabalho de bicla, esteja sol ou chuva (ai, esta 5ª feira choveu tanto e fez tanto vento).

Aliás, esta terra não pára só porque chove, aqui os habitantes continuam a usar a bicla, ou a fazer os seus passeios, ou o seu jogging só porque está frio ou porque chove ou caiem uns flocos de neve.

A rotina torna-se mais fácil com o meu marido aqui, mas quando começo a pensar em demasiado dou por mim a fazer as seguintes perguntas:

-Quando vou conseguir alugar uma casa aqui para trazer o meu pequenino e conseguirmos ser uma família, sabendo que pedem sempre 2 a 3 meses de caução e sabendo que têm grandes reticências em alugar a estrangeiros?

-Quando tiver aqui o meu pequenino, será que ele se vai adaptar a uma nova realidade, a uma nova língua, sabendo que ele tem que ter terapia de fala e que ninguém aqui fala português nas creches?

-Será que vamos conseguir dar-lhe a educação que queremos, será que as escolas são boas?

-Será que estando os 2 a trabalhar por turnos, vamos conseguir pagar a uma babysitter para ficar com o M. quando estamos a fazer o fecho do restaurante?

Nestas incertezas todas só sei que não quero fazer isto o resto da minha vida, mas começo a pensar que aos 35 anos de idade estou a ficar velha para mudar a minha vida toda e ainda penso que deveria estar louca quando pensei em vir para cá.

Que ninguém pense que é fácil, que mudar de vida é piece of cake, ou canja de galinha, porque não é.

Beijos grandes a todas.

11 comentários:

  1. Não consigo apaziguar as tuas dúvidas, mas desejo que vos corra tudo pelo melhor!

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  2. O que vos posso dizer e desejar é muita força e coragem, e que tudo corra bem!
    ***

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  3. Percebo exatamante as tuas duvidas... tb eu saí de Portugal e estou sozinha... deixei o meu filho com os meus pais, as saudades são imensas e tudo o que quero é estar junto dele.. beijinhos e força

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  4. Quando falam desta nova onda de emigração por causa da crise, lembro-me muitas vezes de ti, da tua coragem e força, porque apesar de não te conhecer, é assim que te "vejo". Essas dúvidas todas são compreensíveis, mas acho que só o tempo trará as respostas, e quero acreditar que sim, que vão conseguir. e é o que vos desejo, que vos corra tudo bem!

    Beijos/ A Mãe

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  5. Eu penso muitas vezes nisso mas acredito que seja muito duro, por isso acho que só darei o passo se tiver mesmo que ser. Coragem e vai "aparecendo" Beijinhossss

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  6. Olha esta menina voltou aqui! Que saudades já tinha e que bom é saber de ti.
    Se não queres esse lugar para a tua vida, tem cuidado com o tempo que poderás ter o menino aí convosco. É que se ele cresce aí depois não vai querer voltar e ficarás para sempre dividida entre o cá e o lá. Boa sorte e que sejas feliz.

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  7. Olá Tania, muita força para a vida aí. Pelo menos estás ao lado do homem que amas e isso é já é muito bom. Beijinhos

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  8. Essas dúvidas são compreensíveis. Muita força. Não deve ser fácil, mas para quem tem filhos é bem mais complicado. Mas acredite que as crianças têm uma capacidade extraordinária de adaptação. A minha mãe diz que eu e o meu irmão sempre nos adaptamos, mesmo às línguas estrangeiras, onde os meus pais tinham de morar por motivos profissionais. Quem sabe o seu filhote não desenvolve mais rápido aí.

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  9. Que tudo corra da melhor forma para vocês e em breve possas ter o teu rebento junto de vocês.

    Beijinhos e boa sorte

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  10. Olá!
    Eu também fui para fora com o meu marido...estamos na Holanda, com o nosso filho de 2 anos (que em 2 meses já diz palavras em holandes) e ainda que no nosso caso estejamos com boas condiçoes aqui (somos ambos de ciencias, e aqui os empregos sao bons) custa imenso!!! E todos os dias acordamos com um aperto...mesmo sendo opçao nossa ser emigrante é muito dificil! Mas também é precisa muita coragem para mudar a nossa vida e mudar quando é preciso...pq é mais fácil queixarmo-nos, muito mais fácil! Mas daqui a uns tempos vai olhar para trás e pensar que fizeram bem e que foi uma fase que tinha de ser feita! Muita força!!!!

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  11. Têm que fazer a pergunta:"estou aqui para sobreviver ou para viver?"
    Muita força e tudo de bom!
    Beijinhos

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